A quarentena é certa? É!
A quarentena é errada? É!
É fácil defender a quarentena em uma casa confortável, com TV, PC, armário cheio, sabendo que se não trabalhar ainda vai ter o que comer.
É difícil defender quarentena quando o armário já está vazio e que se não trabalhar não tem salário, trabalha de manhã para comer de noite e o filho está pedindo comida.
Os médicos veem o lado da saúde: quarentena.
Os economistas veem como manter os insumos para os médicos: economia.
Os líderes veem a moral e o bem estar emocional: calma, é só uma gripe (para 80, 90% dos que pegam).
A mídia vê o interesse de quem paga: histeria, distorções, pânico.
Cabe a nós o bom senso, a honestidade e o apartidarismo.
Opiniões rasas no conforto é fácil. Entender que NENHUMA ação tomada vai ser simples, é difícil.
Temos que pensar que toda decisão tem pontos positivos e negativos.
Não seja simplista.
Não adianta falar que tem que seguir a quarentena a todo custo, e não falar sobre os danos pós quarentena onde vai morrer gente por falta de dinheiro para saúde em geral, aumento da criminalidade, fome, desnutrição, depressão e suicídio.
Em poucos dias os serviços essenciais não terão condições de continuar a funcionar sem os não essenciais.
A empresa que produz álcool em gel precisa da empresa de plástico que produz a garrafinha.
Sabe os deliveries? Logo vão precisar das embalagens de papelão.
Caminhoneiros com materiais de hospitais precisam de restaurantes, oficinas, borracharias.
E todas essas empresas precisam de outras…
Tem que haver prevenção aos grupos de risco e tem que haver o andar da economia.
Uma coisa depende da outra.
Ou chegamos ao consenso ou vamos todos sucumbir.